ATA DA QUADRAGÉSIMA OITAVA SESSÃO SOLENE DA QUINTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 24.11.1987.

 


Aos vinte e quatro dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e oitenta e sete reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Quadragésima Oitava Sessão Solene da Quinta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura, destinada à entrega do título honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Walter G. Hertz, concedido através do Projeto de Resolução n° 09/87 (proc. n° 918/87). Às dezessete horas e dez minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a MESA: Verª. Gladis Mantelli, 1ª Secretária da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos da presente Sessão Solene; Sr.Walter G. Herz, homenageado; Srª. Ada Herz,esposa do homenageado; Sr. Nei Palmeira Monteiro, Presidente Executivo da Ferramentas Gerais; Dr. Manoel Varela, representando a Associação Comercial de Porto Alegre, a FEDERASUL e a Junta Comercial do Estado; Ver. Wilson Santos, proponente da Sessão e, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, a Srª. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Ver. Wilson Santos, em nome das Bancadas do PL e do PDS, discorreu sobre a figura do homenageado, comentando sua máxima de conduta, ou seja, o respeito e o amor ao próximo. Falou sobre as obras feitas por S.Sa. em prol da comunidade gaúcha, ressaltando a forma de sociedade participativa de suas empresas, bem como seu cunho voltado tanto para o lado social quanto humanitário. O Ver. Flávio Coulon, em nome da Bancada do PMDB, dizendo ter conhecido pessoalmente o homenageado há poucos minutos, ressaltou participar da presente Sessão convicto do merecimento do título ora entregue, pois através de informações colhidas junto aos funcionários das empresas regidas por S.Sa. soube da usa retidão de caráter e da maneira correta e humanitária com que sempre trata seus funcionários. Comentou carta de princípios idealizada e seguida pelo Sr. Walter G. Herz dentro do grupo empresarial que dirige. O Ver. Artur Zanella, em nome da Bancada do PFL, falando que apesar de existirem pessoas que preferem pessoalmente ficar no anonimato, suas obras, pelo valor que possuem, não o permitem, dissertou sobre os trabalhos desenvolvidos pelo Sr. Walter G. Herz em prol de várias entidades de Porto Alegre, citando, em especial, o trabalho feito por S.Sa. no que diz respeito aos estudantes e estagiários do Município, aos quais tem dado assistência junto às suas empresas. A seguir, a Srª.Presidente convidou a todos os presentes a assistirem, de pé, à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Walter G. Herz, feita pelo Ver. Wilson Santos. Em continuidade, a Srª.Presidente concedeu a palavra ao Sr. Walter G. Herz, que agradeceu o título recebido. Após, a Srª. Presidente fez pronunciamento alusivo à solenidade, convidou as autoridades e personalidades presentes a passarem à Sala da Presidência e, nada mais havendo a tratar, levantou os trabalhos às dezoito horas e dez minutos, convidando os Senhores Vereadores para a Sessão Solene a ser realizada às dezenove horas, destinada à entrega do título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Paulo Roberto Falcão. Os trabalhos foram presididos pela Verª. Gladis Mantelli e secretariados pelo Ver. Wilson Santos, Secretário “ad hoc”. Do que eu, Wilson Santos, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.

 

 


A SRA. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Ver. Wilson Santos, que falará pelas Bancadas do PL e do PDS.

 

O SR. WILSON SANTOS: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, convidados que emprestam um especial brilho a esta Sessão, entendo que a busca da felicidade é o nosso maior objetivo. Entendo, ainda, que a conquista de dias mais felizes não estará assegurada se for junto do egoísmo e de conquistas individuais. Impõe-se, isto sim, um desiderato global, do todo, onde estamos inseridos, garantindo à sociedade a paz, a tranqüilidade, o amor, a alegria, a segurança.

Há obstáculos a serem transpostos, os problemas a serem resolvidos são comuns. São de todos nós.

Vivemos dias amargos, no campo político, econômico e social. Uma séria crise. Há incertezas, angústias, depressão, insegurança, prepotências, vandalismos, banditismos, corrupção, impunidades, descrença nas autoridades do Governo, inflação, desrespeito ecológico, enfim há inúmeros problemas. Mas há a vida e, ainda, há a decadência.

Necessário se faz encontrar novo ânimo e eclodir um mutirão cívico que organize a sociedade civil para retomarmos o caminho da reconquista dos padrões morais e espirituais.

A missão é nossa. A missão é a de unir as virtudes dos filhos desta Pátria e na virtude buscar o apoio para a grande vitória.

Reconquista da fé, do renovado ânimo para a correção da enorme injustiça social.

Nada fácil. Longa lenta. Muitas batalhas.

Estrategicamente se impõem ações exemplares.

Se exibirmos obras dignificantes, mostraremos que tudo é possível, quando se quer. Que é possível reverter a atual situação caótica.

A Nação necessita de um contraveneno às gerências medíocres. A intervenção ineficaz e incompetente na economia e tantos desmandos.

Eu, particularmente, creio na sociedade industrial com a contrapartida de uma atividade mercantil forte e livre, pois a liberdade é um caminho. Liberdade empresarial, limitando a intervenção do governo. Falei na importância do exemplo, pois esse é um homem de exemplo a ser seguido em sinal de reconhecimento e de modelo a ser viabilizado.

Engalana-se o Parlamento de Porto Alegre para a entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito desta Cidade a Walter Herz. É um momento de extrema elevação, pois Walter Herz não reivindicou, não perseguiu esse título, mas o conquistou, junto do seu valor pessoal e profissional.

Feliz, pois, o dia 16 de março de 1927 e muita honra para a Cidade de São Pedro do Sul, onde nasceu o nosso homenageado. Walter Herz foi sempre um batalhador, atuou como vendedor, balconista, depois como vendedor viajante. Com 30 anos de idade, em 1957, fundou a Ferramentas Gerais Comércio e Importação S/A. Espírito empreendedor, arrojado, confiante e carismático, Walter Herz prosseguiu e incorporou ao seu grupo a Beira Rio Armazenagens S/A e a Kircher Ulman S/A. Erigiu neste momento, uma olímpica organização produtora de riquezas, progresso e bem-estar social.

Abriga 1700 funcionários, beneficiando a eles e a seus dependentes. A sociedade brada aos quatro ventos justiça salarial, valorização pessoal, valorização da pessoa e do profissional.

Se o Brasil e os governos querem um exemplo, uma paradigma, a Casa do Povo de Porto Alegre, hoje, está a mostrar a empresa Ferramentas Gerais numa visão ética, moral e cristã, que pode e deve ter o sistema capitalista, ousa remunerar seus cargos com salário superior ao do mercado.

Justiça por consciência. Política salarial avançada. Contraste a dos estagnados. Enseja a concreta participação de todos os funcionários nos lucros da Empresa. Aplica amplo plano de assistência médica, odontológica, hospitalar, farmacêutica e laboratorial. Propicia refeições, seguro de vida em grupo, biblioteca, serviço jurídico social.

Desenvolvimento de programas de carreira, desenvolvimento de ações para uma administração, cada vez mais participativa, criando conselhos funcionais, conselhos de chefia e conselhos de gerências.

Walter Herz criou norma que afasta o profissional aos 60 anos, oportunizando chance de carreira aos mais jovens. E ele mesmo, ao completar 60 anos, desligou-se da direção executiva, passando a exercer exclusivamente a posição de Presidente do Conselho de Administração da Empresa.

Ações comunitárias. Ah, senhores, aqui neste campo comunitário há a marca indelével de Walter Herz, há a marca de seu altruísmo. Ele exercita o desprendimento, a filantropia, o amor ao próximo. É um humanitário, exemplos não faltam. Vamos citar alguns: criou e desenvolve programas de formação profissional para menores aprendizes, dando a oportunidade de aprendizado hoje a 140 menores; manutenção das creches N. S. dos Navegantes e Círculo Operário. E aqui, me permitam todos, sou obrigado a ler um ofício que recebi, assinado pelo Sr. Walter Herz.

“Senhor:

Anexamos cópia do recibo de doação que fizemos à Creche Nossa Senhora dos Navegantes, com a finalidade de aquisição de cinco aparelhos de ar condicionado para os berçários da mesma.

Este nosso gesto foi feito em homenagem à honra a nós concedida e pela qual muito nos regozijamos.

Como sabemos que habitualmente o homenageado oferece uma recepção aos seus convidados, tomamos a liberdade de substituí-la por esta doação.

Temos certeza, todos os nossos convidados, bem como o amigo, entenderão, pois são conhecedores de nosso pensamento e filosofia. Por outro lado, este ato nos causa muita satisfação, pois está atendendo necessidades, de referida entidade, que sem auxílio lhes seria impossível satisfazer e ao mesmo tempo condiz com a nossa realidade.

Agradecemos mais uma vez o empenho e a participação do amigo em relação a este título que nos orgulha e honra.

Atenciosamente.

                                                          (a) Walter G. Herz.”

Passo a ler, agora, o seguinte:

“Recebemos, do Sr. Walter Herz, a importância de Cz$ 256.620,00 (duzentos e cinqüenta e seis mil, seiscentos e vinte cruzados), correspondentes à sua doação à nossa Creche.

Porto Alegre, 26 de outubro de 1987.

                                           (a) Neuda Hörle Tupí Caldas - tesoureira.”

É, realmente, uma filosofia marcante, que optou entre um coquetel e uma recepção, em honrar a todos nós, beneficiando a creche que eu havia citado aqui, N. S. dos Navegantes.

Campanha de doação de sangue, imprimindo o ritmo recorde, conforme atestado do Pronto Socorro; permanente ajuda às escolas de crianças excepcionais; concreto apoio às Aldeias S.O.S; doações e contribuições ao Hospital da Criança Santo Antônio; campanha do agasalho para carentes, uma campanha anual; doações e ajudas à Santa Casa e ao Pão dos Pobres; doações para a montagem de Centros Sociais e Praças de Lazer e Recreação. E outras iniciativas.

Com seu espírito jovem, Walter Herz já projeta o descortinar de mais 650 novos e bons empregos, 500 com a montagem de um Centro de Abastecimento Industrial, em Gravataí, e 150 com a montagem de duas lojas em Porto Alegre.

Sua família, a esposa, Ada, e os filhos só podem se orgulhar desta figura humana que engrandece a sociedade.

Walter Herz, com seu caráter íntegro, honrado, reto, justo e sendo um vencedor, é simples. Sua singeleza recusa a cata de aplausos. Me vem à mente uma passagem do Evangelho: “Quando derdes esmolas, não trombeteeis, como fazem os hipócritas nas Sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens”. A verdadeira e boa ação, a dignificante, não alimenta a vaidade, ela é sem alardes, remunera o íntimo da alma. Todas as grandes obras de Walter Herz não foram praticadas apenas para serem vistas e aplaudidas pelos homens, num ato de ostentação.

Sua altura moral e humana, distinta do vulgo, dispensa o aplauso que advém do testemunho dos homens. Certamente prefere ele, Sr. Walter Herz, aprovação quieta de Deus.

Hoje nós ferimos esta sua característica. Ele é nosso homenageado, é aplaudido por todos nós. Através da aprovação unânime, que se registre este fato, aprovação unânime da Casa do Povo de Porto Alegre, ele recebe pelo justo mérito, a concessão do título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre.

Para finalizar, também busco no Evangelho, uma palavra: raca. Entre os hebreus era um termo desdenhoso que significa “homens que não valem nada”. Pois o Sr. Walter Herz é o oposto, sim, o oposto, o seu exemplo é nosso aliado na busca da depuração da sociedade, é lenitivo para as feridas do mal que nos causam os imorais, é um estímulo de luta contra os raca, que maculam a sociedade. Contra os raca, os homens que não valem nada, que estão incrustados até mesmo como donos do poder.

Obrigado, Sr. Walter Herz. Por tudo isto, o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre é seu. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Concedemos a palavra, neste momento, ao Ver. Flávio Coulon, que falará em nome da Bancada do PMDB.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Ver. Wilson Santos - eu inicio pedindo escusas, pois desconhecia que o protocolo havia sido modificado e V.Exª. gostaria de ter falado depois do meu pronunciamento, razão do meu atraso.

Minhas Senhoras, Meus Senhores:

Faz parte da atividade parlamentar, especialmente para os líderes de bancadas, a incumbência de, semana após semana, ocupar esta tribuna para saudar, em nome do seu partido, um cidadão, uma entidade, uma associação que, não raro, ele praticamente desconhecia até poucos dias antes da homenagem.

É o que ocorre comigo, neste momento, quando venho aqui, à tribuna do povo, para, em nome do PMDB e dos cidadãos de Porto Alegre, saudar Walter Herz, um homem que só conhecia através das citações sempre carinhosas e elogiadas que meu amigo e compadre Ernani Eggers, conseguia invariavelmente encaixar nas nossas semestrais conversas, expressando sua grande admiração por seu amigo Walter.

Realmente, conheci Walter Herz, pessoalmente, há alguns momentos atrás. Inobstante, posso lhes assegurar que raramente cheguei a esta tribuna com tanta convicção e com tanta certeza de que saudaria um homem notável, um empresário carismático e um cidadão extraordinário, como o faço nesta oportunidade.

E, de onde vem esta convicção tão forte?

Vem, em primeiro lugar, das visitas que, anonimamente, fiz às instalações da Ferramentas Gerais, ao longo dos últimos dias, para saber dos funcionários, de viva voz, o que eles pensavam do “seu” Walter. E, o que recolhi foram palavras de admiração, respeito e carinho que me comoveram por sua sinceridade e grandeza.

Vem, em segundo lugar, daquela placa de bronze cimentada no segundo pilar à direita de quem entra na loja da Voluntários da Pátria onde “seu” Walter deixou plasmado para sempre os princípios que caracterizam a filosofia da empresa e norteiam o relacionamento com funcionários, clientes, fornecedores e comunidade, quais sejam:

1. Respeito ao ser humano e seus direitos.

2. Excelência no atendimento e seriedade na prestação de serviços ao cliente.

3. Rigoroso e pontual cumprimento das obrigações com funcionários, clientes, fornecedores e Governo.

4. Administração pelo exemplo das lideranças.

5. Recursos humanos: Maior patrimônio da empresa.

6. Reconhecimento do lucro como fator de desenvolvimento e da necessária participação aos que ajudam a produzi-lo.

7. Nossa empresa deve ser útil à comunidade.

Vem, a seguir, da constatação que trouxe de dentro da empresa e que a confirmei conversando com clientes e fornecedores de que essa verdadeira Carta Constitucional que, com alguns retoques, poderia tornar-se uma Carta Nacional, é rigorosamente acatada e respeitada em cada um dos seus artigos.

Senão, vejamos:

Artigo 1º - Respeito ao ser humano e seus direitos.

Consolidando seu grupo empresarial sempre na base do investimento nas pessoas, em 1983, Walter Herz criou e desenvolveu uma fundação para a prestação de serviços e benefícios sociais aos 1700 funcionários do Grupo e a seus dependentes oferecendo-lhes:

- Amplo plano de assistência médica e odontológica;

- Completa assistência hospitalar;

- Plano de assistência farmacêutica e laboratorial;

- Fornecimento global de refeições para almoço e lanches dos funcionários;

- A cobertura de um serviço jurídico-social aos funcionários e dependentes;

- Uma biblioteca para pesquisas e consultas;

- Um sistema amplo de seguro de vida em grupo;

- Um serviço Social atuando na área de integração social, saúde, trabalho, higiene e segurança, entre outros benefícios.

Artigo 2º - Excelência no atendimento e seriedade na prestação de serviços ao cliente.

Artigo 3º - Rigoroso e pontual cumprimento das obrigações com funcionários, clientes, fornecedores e governo.

Por óbvios, deixo de me alongar sobre esses artigos pois muito mais do que minhas palavras fala o conceito que as empresas do Grupo Walter Herz gozam, em matéria de atendimento a clientes e seriedade no trato comercial, dentro da sociedade gaúcha e brasileira.

Artigo 4º - Administração pelo exemplo das lideranças.

Tão notável o acatamento a essa Constituição que ao completar 60 anos Walter Herz curva-se a ela e dá o exemplo de líder máximo: desliga-se da Direção Executiva da empresa em obediência a uma norma por ele mesmo criada há anos atrás (afastamento profissional aos 60 anos, para oportunizar chances de carreira aos mais jovens).

Artigo 5º - Recursos humanos: maior patrimônio da empresa.

Mais uma vez aqui Walter Herz demonstra na prática sua visão social de empresário humanista criando e desenvolvendo programas voltados para a valorização das pessoas, tais como:

- Concreta participação nos lucros de todos os funcionários da empresa;

- O desenvolvimento de programas de carreira e sucessão;

- A estruturação de uma política salarial avançada, remunerando todos os cargos sempre acima do mercado de salários;

- O desenvolvimento de programas de formação, treinamento e desenvolvimento de pessoas;

- O desenvolvimento de ações para uma administração cada vez mais participativa, tais como a criação de: Conselhos Funcionais, Conselhos de Chefias e Conselho de Gerência.

Artigo 6º - Reconhecimento do lucro como fator de desenvolvimento e da necessária participação aos que ajudam a produzi-lo.

A idéia que tenho, ao ler este artigo 6º da Constituição Herziana, é a de que, apesar dos artigos 4º e 5º serem bastante claros e abrangentes, o seu autor quis deixar, bastante explicitado e sem sombra de qualquer dúvida, para as gerações futuras que virão a sucedê-lo em seu Grupo, a sua visão, a sua mensagem, a sua ordem no sentido de que não percam nunca a visão social e humana do lucro, único caminho efetivo para chegarmos a sonhada paz entre os desiguais.

Artigo 7º - Nossa empresa deve ser útil à comunidade.

Deixo de referir o que escrevi porque se sobreporia ao que o Ver. Wilson Santos já colocou de sobejo a respeito da participação de Walter Herz e seu grupo na comunidade.

Minhas senhoras e meus senhores, minhas convicções estão fartamente justificadas. E se elas não estivessem justificadas, eu adendo agora, elas estariam mais do que fartamente justificadas com a assistência que Walter Herz traz a esta Casa. Se outras convicções não tivesse, a quantidade de pessoas que eu vejo nesta Casa seria a minha convicção maior da estatura do nosso homenageado.

Poderia ter me concentrado na sua biografia puramente empresarial, iniciada aos 13 anos, em Santiago, como vendedor viajante de ferragens e ferramentas e, hoje, em pleno apogeu de Presidente do Conselho da Administração das Empresas do Grupo Ferramentas Gerais, e conseguiria um discurso protocolarmente eficiente e homenageante.

Preferi, entretanto, tentar ressaltar aquilo que realmente me tocou, como político não-profissional, como professor universitário, como cidadão, como eventual representante do povo de Porto Alegre, do mais humilde ao mais abastado indivíduo a grande dimensão humana que o senhor conseguiu dar a sua vida empresarial.

E, é essa dimensão humana, árvore cujas raízes se assentam em solo bom e fértil, e que certamente teve, no seu cultivo ao longo dos anos, a ajuda sempre efetiva de Dona Ada e de seus filhos Daniel, Sergio e Walter Júnior e demais familiares, árvore cuja sombra se projeta beneficamente sobre 1700 funcionários de modo direto e milhares de pessoas de modo indireto, que nós do PMDB, em nome desta Cidade estivemos aqui, nesta tribuna do povo, para homenagear e referenciar.

E é perante essa dimensão humana que aqui estamos, analisando a justiça da concessão deste título que honra e que nos honra, para lhe dizer, Cidadão Emérito Walter Herz que a Cidade de Porto Alegre lhe é agradecida e reconhecida por ter plantado, em seu território, a árvore de sua grande humanidade. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Artur Zanella, que fala em nome da Bancada do PFL.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Sra. Presidente, Ver. Wilson Santos, que teve a belíssima idéia e iniciativa de propor a concessão deste título ao Sr. Walter Herz, minhas senhoras, meus senhores e Srs. Vereadores.

Existem algumas regras não escritas nesta Casa e na minha Bancada que fazem com que sempre o orador que solicitou a concessão do Título tenha o maior trabalho e a apresentação da biografia do homenageado. Existe outra regra da nossa bancada que, fiel às suas origens liberais, assim como do Partido Liberal, o nosso Partido da Frente Liberalista, de sempre, de qualquer forma, apoiar a todas aquelas pessoas que têm um prestígio maior a esta Casa e também todas aquelas pessoas que representam aquilo em que nós acreditamos, que é a livre iniciativa.

Então, a nossa participação, hoje, em nome da Bancada do Partido da Frente Liberal, é secundar as palavras do Ver. Wilson Santos, do Ver. Flávio Coulon e dizendo, Sr. Walter Herz, que um dos grandes equívocos que as pessoas que são modestas por natureza têm, é pensarem que a sua figura e as suas ações passam desapercebidas.

E eu que não tenho contato pessoal com o senhor, fruto do trabalho que faço lá da devoção de Nossa Senhora dos Navegantes, conheço muito o seu trabalho.

Conheço o seu trabalho junto às Aldeias SOS, que tratam daquelas pessoas, jovens e crianças que, não tendo famílias, lá encontram sua mãe adotiva.

O conhecimento de um trabalho junto a seus funcionários que até poderia ser considerado um bom investimento e quem sabe assim não-enaltecido, mas me fixo especialmente no programa de apoio aos estagiários. Isto, efetivamente, é o que necessita o País, o Estado e o Município neste momento, o apoio aos jovens.

Na situação brasileira em que estamos, de desorientação, de um desânimo que invade a todos, é confortador verificarmos também a outra regra não escrita desta Casa, que se mede a justiça da concessão de um título não somente pelo número de pessoas que aqui estão, que é uma medida, mas a qualidade das pessoas que aqui estão.

 Disse-lhe há poucos dias por telefone que, principalmente de ex-funcionários que de lá saem, e conheço muitos, que não fazem aquilo que é o normal quando se abandona um emprego, ou seja, fazer a análise sempre mais crítica do que é.

Hoje, dentro deste festival de desânimo que temos, desta desorientação, a Casa, que representa o povo de Porto Alegre, apresenta para a Cidade de Porto Alegre e para o grande público um exemplo e um parâmetro de pessoa e de empresário.

Hoje, fiel a um de seus mandamentos, o mandamento dos 60 anos, o Sr. Walter Herz não está mais na linha do fogo.

Esgota-se o meu tempo e eu pensava, comigo mesmo, o que restaria, ainda, para destacar, depois de toda esta pesquisa que os meus colegas fizeram.

Mas demonstrando que um líder é líder em qualquer lugar, que o empresário correto, moderno como é Walter Herz, em qualquer ambiente, em qualquer circunstância demonstra as suas qualificações, eu diria o que muitos daqui não sabem, mas Walter Herz é meu vizinho em Guaíba e lá, naquela propriedade perto de Porto Alegre, mas não longínqua em contato com Porto Alegre que dá a impressão de que estamos no meio de um faroeste, duma terra inexplorada. Exatamente não existe uma pessoa em toda aquela redondeza que não conheça Walter Herz, que não admire o seu trabalho, que não admire a sua competência e se perguntam eles: o que faz aqui esta pessoa, podendo estar lá na Capital com os seus filhos, com os seus netos?

Está aqui trazendo novas técnicas, trazendo novas culturas e já sendo lá também, na vizinha Cidade, e talvez muitos dos senhores não saibam disso, o novo líder rural que surge.

Isto significa que em qualquer momento, em qualquer lugar a pessoa sempre apresenta as suas qualidades. E essa qualidade, mais do que um eventual produtor rural bissexto, mais a qualidade de se destacar perante os outros, de se destacar na sua comunidade.

Eu encerro com aquilo que eu iniciei, as pessoas podem pessoalmente querer não aparecer, mas as suas qualidades, seja qual for o local ou seja qual for o momento, sempre apresentam esse destaque.

Sr. Walter Herz, quero que o Senhor e a sua esposa, seus familiares levem como a posição desta Casa, que nós não estamos prestando homenagem nenhuma, nós estamos recebendo uma homenagem pela sua presença aqui e de todas as pessoas que lhe são caras e que nós estamos, ao entregar-lhe o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, na verdade, oferecendo um exemplo para Porto Alegre e para o Estado. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Convidamos todos os presentes para que, de pé, assistam à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Walter Herz

 

(É feita a entrega do Título.)

 

O SR. WALTER HERZ: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, autoridades presentes, meus caros convidados, meus amigos, desde que fui comunicado pelo amigo e Ver. Wilson Santos que seria agraciado pela Câmara Municipal de Porto Alegre com o título de Cidadão Emérito desta Cidade, perguntei-me muitas vezes qual o verdadeiro significado dessa homenagem.

Esta Cidade acolhe muitos outros empresários bem-sucedidos, muitos professores, cientistas, artistas que se destacam em suas áreas. Muitas outras pessoas que, pela dimensão profissional ou humana, certamente mereceriam mais do que eu esta honraria. Mas os Vereadores de Porto Alegre decidiram conceder-me esta honra e não posso deixar de questionar suas motivações, pois concedem esta distinção a um simples comerciante, a alguém que começou suas atividades empresariais depois de trabalhar 17 anos como empregado, sempre em empresas comerciais. Em 1957, há 30 anos atrás, fundei uma microempresa, com apenas dois funcionários, instalada numa garagem transformada em loja, na Av. Farrapos nº 85.

Nesses 30 anos de muito trabalho, tivemos um desenvolvimento expressivo, evoluindo para a situação atual, em que agrupamos um conjunto de três empresas comerciais que abrangem os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina e que constituem uma das maiores empresas do Brasil no seu ramo.

- hoje reunimos mais de 1.700 funcionários;

- ocupamos mais de 80.000 m² de área construída, na maioria, em prédios próprios;

- recolhemos de ICM, somente no Rio Grande do Sul, mais de CZ$ 31 milhões de cruzados por mês;

- em nossos projetos futuros, a médio e longo prazo, já contamos com mais de cem hectares de áreas urbanas, para futuras instalações.

Mas, apesar da expressividade desses dados, creio que nada adiantaria se não tivéssemos construído uma significação para a empresa, diante de nossa comunidade.

Minha atuação pública limitou-se à atividade de empresário. Sou forçado, por isso, a crer que é pelo significado dessa atividade comercial que aqui estou sendo homenageado. Tudo o que tive oportunidade de realizar atribuo a um conjunto de idéias, de princípios que procurei realizar diariamente através do trabalho. Atribuo, também, ao fato de ter conseguido reunir uma equipe competente e dedicada, que foi capaz de levar adiante essas idéias.

Acreditamos, sinceramente, que nesses princípios, praticados diariamente, em nossas empresas, está a chave para um trabalho digno e útil.

Na filosofia adotada em nossa empresa e que norteia o relacionamento com funcionários, clientes, fornecedores, comunidade, acreditamos em algumas coisas muito simples:

- acreditamos na necessidade de se preservar, acima de tudo, o respeito ao ser humano e seus direitos. Nossos 1.700 funcionários, assim como todos os nossos clientes e fornecedores, merecem, sem distinção, respeito e consideração pessoal.

- acreditamos na excelência do atendimento e seriedade na prestação de serviços aos clientes; nossos clientes sabem que buscamos uma margem de lucro justa e que o nosso negócio é o serviço prestado de atendimento ao cliente, é a aproximação entre indústrias e o consumidor final; a busca da qualidade desse atendimento é a nossa principal preocupação.

- acreditamos no rigoroso e pontual cumprimento das obrigações com funcionários, clientes, fornecedores e governo; o cumprimento das nossas obrigações é, para nós, algo sagrado; ostentamos com orgulho o registro de que nunca, em toda a história de nossa empresa, atrasamos o pagamento de algum salário, de títulos ou de impostos; entendemos que não há nenhum mérito especial nisso: é o mínimo que qualquer empresa deve fazer. Apesar disso, nos orgulhamos de, até hoje, ter conseguido fazer esse mínimo.

- acreditamos na administração pelo exemplo das lideranças; as chefias, de todos os níveis, devem ser os primeiros a chegar e os últimos a sair, devem dar os maiores exemplos de austeridade e dedicação.

- acreditamos que os recursos humanos são o maior patrimônio, tanto de uma empresa, como de um país; um esforço permanente em nossa empresa é a formação, treinamento e desenvolvimento pessoal; mas não basta preparar o pessoal, é preciso pagar salários justos, que permitam uma vida digna dos funcionários e seus familiares; por isso, adotamos uma política salarial que procura manter o poder aquisitivo de nossos funcionários.

- não acreditamos que o salário gere inflação; o que gera inflação é a formação de um irresponsável déficit público; por isso, salários condizentes e benefícios sociais como atendimento médico, odontológico, assistência farmacêutica, jurídica, psicológica, alimentação, são aspectos imprescindíveis de qualquer política de valorização real dos recursos humanos.

- todo valor é gerado através do trabalho; por isso, os que trabalham constituem o maior valor que dispõe uma empresa e um país.

- acreditamos no reconhecimento do lucro como fator de desenvolvimento da necessária participação aos que ajudam a produzi-lo; orgulhamo-nos de ter, já há 15 anos, prevista nos estatutos da empresa, a distribuição anual de participação nos lucros a todos os funcionários. Encaramos o lucro como aspecto essencial da remuneração dos serviços e da própria manutenção da iniciativa privada.

- dimensionado de forma justa e ética, o lucro não pode envergonhar os empresários, mas deve ser reconhecido como um fator de estímulo ao desenvolvimento econômico e social do País; essa realidade, aliás, começa hoje a ser reconhecida até mesmo em países socialistas como a China e a União Soviética.

- assim como o lucro deve ser encarado como um fator de produtividade, a participação nos lucros, aos que trabalham, é um inegável fator de justiça social e estímulo ao desenvolvimento.

- sonhei em criar uma empresa que oferecesse trabalho honrado e que proporcionasse aos que nela trabalham salários com que pudessem viver dignamente. Consegui criá-la.

- creio na livre iniciativa, porque sou fruto dela.

- finalmente, acreditamos que nossa empresa deve ser útil à comunidade; a vinculação das empresas com a sua comunidade é algo que precisa ser natural.

- não somos uma entidade filantrópica, nem tentamos substituir aquilo que o governo tem obrigação de fazer; mas procuramos dar apoio, na medida do possível, a entidades comunitárias. Poucos sabem que nossa empresa:

- ajuda a manter creches no bairro Navegantes;

- seguidamente, auxilia hospitais carentes;

- já fez diversas doações para a montagem de centos sociais e praças para lazer e recreação em comunidades carentes;

- faz campanhas semestrais, entre funcionários, de doações de sangue ao Pronto Socorro Municipal.

- tudo isso sem alarde; apenas procuramos ser coerentes com o espírito de solidariedade que qualquer empresa privada deve mostrar para sua comunidade.

- foi dentro deste espírito que ao construir o prédio de nossa Loja Matriz, na Voluntários da Pátria, abrimos mão de dez metros de frente, recuando o prédio e assim proporcionando jardins para embelezar a cidade.

A maior responsabilidade comunitária, porém, é a que assumimos no dia-a-dia de nosso trabalho comercial. Procuramos, zelosamente, cumprir nossas obrigações e, se possível, fazer algo mais, para satisfação de:

- mais de 5.000 pessoas, entre funcionários e dependentes;

- mais de 2.000 fornecedores;

- mais de 50.000 clientes cadastrados em toda a região sul do País.

Com tudo isso, acreditamos, sinceramente e sem falsa modéstia, que temos cumprido com nossa parte. E, talvez, por isso, tenhamos sido convidados para receber esta distinção.

Este filho da cidade de São Pedro do Sul recebe com humildade este título que não procurou. Recebe com muita emoção e honra de agora ser - não apenas de fato, mas de direito, um cidadão de Porto Alegre, cidade que adotou há quase 40 anos. Não posso omitir a satisfação de estar reunindo, neste momento, a emoção de ter recebido um outro título de Cidadão Honorário, o de Cidadão Santiaguense. Em Santiago, iniciei, como empregado, minhas atividades profissionais. Hoje, esta emoção de homem vindo do interior é aqui renovada, quando recebo o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, onde desenvolvo minhas atividades empresariais. Sinto não poder responder com mais brilho a esta significativa homenagem. Não sendo homem de letras nem da ciência, restou-me trazer aqui ensinamentos e a experiência buscados na “universidade da vida”, cursada principalmente na Av. Farrapos e Voluntários da Pátria.

Hoje, tendo oportunidade de visitar boa parte dos países deste planeta, concluo que nessas duas ruas de Porto Alegre foi possível recolher muita vivência humana, muita experiência útil, que procuramos traduzir em nosso trabalho.

Nesse momento, dirijo-me com especial apreço e carinho aos amigos e colaboradores de Ferramentas Gerais e demais empresas coligadas, bem como a meus familiares. Com eles divido esta homenagem, porque foi nestes colaboradores, amigos e familiares que encontrei a parcela de força e do apoio para traduzir sonhos em realidade.

Agradeço, finalmente, à Presidência da Câmara e a todos os ilustres Vereadores dessa Legislatura, em especial ao Vereador e amigo Wilson Santos, a oportunidade que me concederam de receber esta honrosa distinção, cuja lembrança e emoção guardarei para sempre. Muito obrigado! (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Como é de praxe nesta Casa, compete a Presidência dos trabalhos, no momento de encerrá-los, dirigir algumas palavras, não um discurso porque por esta Casa já falaram os oradores Ver. Wilson Santos, Ver. Flávio Coulon e Ver. Artur Zanella, simplesmente colocar alguma coisa desta instituição ao homenageado e aos convidados. Parece-me que as instituições, hoje, neste País, cada vez mais sofrem uma série de desgastes, uma série de problemas e, no caso, o Legislativo no País, hoje em dia, é demasiadamente criticado por tudo e por todos, e nós passamos por “n” dificuldades hoje em dia. É um processo de evolução natural de uma sociedade que está em permanente transformação, em busca de um processo democrático real. Esta Casa também não é diferente, já que faz parte de uma instituição e faz parte de um Legislativo. Porém, em momentos como este, esta Casa se dignifica, ela busca chegar a uma aceitação da sua coletividade, aonde ela está inserida e onde ela vive, quando ela tenta reparar algumas injustiças, quando ela tenta trazer a esta Casa uma homenagem como a que hoje se faz a Walter Herz, que em boa hora o Ver. Wilson Santos apresentou a esta Instituição. Muito se falou aqui do trabalho de Walter Herz, e eu não vou acrescentar nada, porque acho que nada há mais para acrescentar. Apenas que realmente se fala muito neste País de direitos. Todos nós temos direitos, mas deveres, nenhum. Nenhum de nós quer assumir os seus deveres perante tudo e a todos, e Walter Herz demonstrou aqui que ele é um homem que acredita que ele tem direitos, mas que ele também tem deveres. E, realmente, nesta medida em que ele coloca que os deveres também devem fazer parte dos nossos direitos, ele é um exemplo a ser seguido, e esta Casa se sente muito honrada em, neste momento, realmente ter concedido um título a um homem que não só diz da boca para fora este tipo de situação, mas a pratica na sua vida, tanto na sua empresa quanto na sua vida junto a sua família. E estas questões são importantes, já que nós estamos, hoje em dia, com muita dificuldade de termos valores a serem seguidos. Esta Casa, mais uma vez, se sente honrada e agradece por poder prestar esta homenagem a Walter Herz e com isto também se sentir prestigiada.

Esta Mesa convida a todos os presentes a cumprimentar nosso homenageado na sala da Presidência, agradece a presença de todos e dá por encerrados os trabalhos da presente Sessão. Muito obrigada.

Nada mais havendo a tratar, estão encerrados os trabalhos.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h10min.)

 

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